Clairo
Terceiro álbum da carreira da cantora Clairo é um trabalho agradavelmente simpático, mas, infelizmente, esquecível.
Apesar de muito bem produzido e com uma personalidade definida, Charm é o tipo de álbum que se não conectar com quem ouve não há nada capaz de fazer a gente realmente se envolver totalmente. Analisando com cuidado, o grande problema do álbum é a sua produção que nunca se aprofundar sonoramente nas suas competentes instrumentalizações. Existe um lindo verniz que percorre todo o trabalho, mas que nunca escode essa falta força mais tocável e tangível. Consigo entender o motivo que faz quem gostar do álbum realmente apreciar o trabalho, pois, como escrito antes, tudo é feito de maneira tão simpática e sincera que existe um publico perfeito. Sonoramente, o álbum é um trabalho que mistura soft rock com indie pop de maneira segura que nunca realmente acerta o alvo, mas passa longe de ser uma coleção de erros. É uma coleção de menor impacto. Outro problema do álbum são suas letras que não encontram um ponto de conexão verdadeiro para fazer a gente se conectar com a cantora e sua lírica. Existe, felizmente, três momentos no álbum que realmente valem a pena a experiencia, começando com a interessante crônica sobre auto estima em Sexy to Someone, a graciosa Thank You e, por fim, a faixa mais “completa” do álbum em Nomad. É bem claro que a Clairo é uma artista talentosa, mas que sua sonoridade ainda não totalmente maturada. Uma pena.
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