25 de novembro de 2013

Primeira Impressão

Avril Lavigne
Avril Lavigne



A Avril Lavigne é um caso para ser estudado. Se não bastasse estar quase na casa dos trinta (ela está com 29 anos completados em Setembro) e ter a mesma aparência de quando começou, Avril continua com a mesma sonoridade de onze anos atrás quando lançou o seu debut álbum, Let Go (2002). Em vez de evoluir, Avril fez o contrario e caminhou para trás, principalmente se pegarmos o seu segundo trabalho Under my Skin (2004) em que mostrou alguma evolução. Essa característica tem sido o calcanhar de Aquiles para ela nos últimos anos em que perdeu bastante de sua popularidade em vendas tanto de singles como de álbuns. Chegando ao seu quinto CD, Avril continua a sofrer desse defeito só que ao menos dessa vez o resultado final nem é tanto desastroso como poderia se esperar.

Avril Lavigne (o álbum) é uma volta no tempo. Mais precisamente no começo dos anos 2000. O mundo era menos farofeiro e Avril era considerada uma rebelde com sua atitude "descolada" e punk. Claro, que tudo era apenas uma "fachada" já que Avril apenas fazia uma versão do pop chiclete produzida especialmente para atrair o público jovem que não se identificava com a Spears e Aguilera. Tudo era divertido, descartável e marcou uma época para muitas pessoas (inclusive eu). Toda essa atmosfera é recriada no novo álbum. Não é a perfeição, mas ao menos é uma experiência que traz boas memorias. A produção, assinada em sua maior parte, pelo marido dela (!!!) Chad Kroege (!!!!!!!) que é vocalista do Nickelback (só lembrando que Avril está no segundo casamento) é um trabalho bem feitinho entregando uma coleção de canções pop chiclete que em vários momentos tentam ser pop punk ou pop rock, mas que são apenas produtos tão descartáveis e fúteis que não há como levar muito a sério. Não entenda mal: isso diverte. Avril continua a entregar composições mais rasas que um pires. Mesmo assim há momentos legais e tão despretensiosos que o resultado final é até ok. O que não dá para aguentar são as tentativas canhestras dela de fazer baladas como as péssimas Falling Fast e Hush Hush. Devo admitir que a Avril entrega performance vocal geral até coesa, correta e bem simpática. Não há nenhum momento em que ela se destaque, mas não é nenhum Titanic. Para quem quer voltar no tempo e reviver bons tempos as melhores pedidas são Rock n Roll (resenha a seguir), o primeiro single Here's to Never Growing Up, Bitchin' Summer e Sippin' On Sunshine. Contudo, o resultado final é completamente confuso já que não convence novos público e o velho (como eu) só o vê como uma viagem inofensiva e passageira a um passado que não volta mais. Já passou da hora da Avril Lavigne envelhecer (ao menos a sua sonoridade).

Um comentário:

lucas lopes disse...

Concordo com tudo que disse, Jota. Mas eu acho Hush Hush interessante. Agora lendo, a voz dela está mais enjoada que de costume, não acha?

Comenta a minha? http://benditodrinkpop.blogspot.com.br/2013/11/avril-lavigne-lancou-avril-lavigne-e.html