4 de maio de 2015

O Fancy da Neide

Pretty Girls (feat.Iggy Azalea)
Britney Spears

Em sua vida pessoal, Britney Spears já esteve no lugar que vai além do fundo do poço e, mesmo assim, conseguiu dar a volta cima graciosamente. Agora chegou a hora da cantora mostrar que tem condições de dar volta por cima na sua vida artística. Depois do fiasco de venda que foi o pavoroso Britney Jean, a princesinha do pop precisa provar que ainda é relevante no atual cenário pop sendo capaz de ainda ser o centro das atenções com suas músicas e ainda conseguir de volta o seu prestigio entre os críticos. Para tanto, Brit vai começar o seu comeback fazendo a tática mais comum das divas pop nessa situação: unir-se à quem está fazendo sucesso. Pretty Girls é o primeiro passo para o processo de comeback de Britney.

Longe de tentar qualquer "inovação", Britoca se une ao produtor The Invisible Men do mega sucesso Fancy para retomar ao que ela faz de melhor: pop chiclete comercial. Para dar ainda mais gás nessa reconstrução da carreira foi chamada a rapper Iggy Azalea. E mais: Pretty Girls é co-escrita pela girl group inglesa Little Mix. Resumidamente: Britney está definitivamente em busca do sucesso comercial perdido. Isso é ruim? Claro que não, mas tudo tem o seu preço. O primeiro é o mais perigoso: tudo pode dar errado. Se Pretty Girls "flopar" vai ser uma mancha enorme na carreira dela. Caso seja um sucesso, Britney pode voltar ao topo. O outro é que a bagagem desses nomes trazem para a sonoridade de Britney pode resultar em algo batido.

Antes de qualquer palavra sobre Pretty Girls, eu preciso sentenciar: a canção é legal sendo dez vezes melhor que todo o Britney Jean inteiro. Divertido, chiclete e extremamente despretensioso, mas com um problema de identidade: Pretty Girls é mais Azalea do que Britney, ou seja, a canção é praticamente uma nova versão de Fancy. Não teria como ser muito diferente, pois todos os elementos de Fancy estão aqui: a batida, a composição "girl power" e a presença de Iggy. Felizmente, o resultado final é acima da média para uma "cópia" e a canção consegue ficar acima da média. Ajudada por um viciante refrão, Britney está até bem em vocais menos esquizofrênicos com menos produção vocal, mas quem brilha de fato é a rapper australiana que dá a liga para a canção funcionar. Agora é esperar é ver se essa música será suficiente para a volta por cima de Britney Spears. Façam as suas apostas!
nota: 6,5

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