20 de julho de 2015

Primeira Impressão - Outros Lançamentos

I Don't Wanna Grow Up
Bebe Rexha



Desde que essa seção foi criada já passaram por aqui vários tipos de artistas desde revelações do pop britânicos, passando por desconhecidos nomes do indie pop europeu e por nomes do novo R&B americano. Dessa vez, a artista que vai estar nessa resenha se encaixa em uma nova categoria: promessa de ser a próxima diva do Pop. Estou me referindo a americana Bebe Rexha.

Nascida em Nova Iorque e com pais vindos da Macedônia, Bleta Rexha (nome de nascimento) ganhou destaque em 2010 quando fundou a banda Black Cards ao lado do guitarrista Pete Wentz do Fall Out Boy. Em 2012, Bebe sai da banda e começa a carreira solo assinando com a Warner Bros. Record. Como compositora, a jovem de 25 anos assina músicas para Selena Gomez e o sucesso The Monster do Eminem com a Rihanna que alcança o primeiro lugar na Billboard. Como cantora, Bebe está como featuring na canção Take Me Home da banda Cash Cash e mais recentemente em "Hey Mama" do David Guetta com a Nicki Minaj. A exposição, claro, ajuda Bebe a começar a pavimentar a sua carreira que já tem três singles lançados. Ainda sem o sucesso esperado, Bebe vai ser firmando com uma grande promessa para um futuro próximo. O que faz de Bebe um nome para se acompanhar de perto? O seu primeiro EP I Don't Wanna Grow Up responde essa questão.

Bebe Rexha é uma cantora pop, mas não espere que ele vá caminhar no lado comum do pop. Não, Bebe parece escolher o caminho mais difícil. Em I Don't Wanna Grow Up, as cinco canções que compõem o EP possuem uma carga emocional realmente verdadeira e substancial. O EP começa com a sensacional I Don't Wanna Grow Up: uma mid-tempo romântica misturando R&B com pop, mas que tem na sua composição o ponto forte. Letras simples, mas com uma carga emocional imensa e, o mais importante, extremamente bem construída sem partir para o pedetismo ou para brincar com a inteligência de quem ouve. O refrão mostra muito bem isso:

"Se o amor é mentira, é a mais bela mentira que você já foi dito!
Porque, nada nada faz sentir como você faz!
Mesmo que eu veja através de você"

Sweet Beginnings aparece em seguida um pouco menos inspirada, mas ajudando a consolidar a estrutura do EP com uma canção forte com uma construção um pouco tradicional. Caminhando entre o indie o pop comercial com uma batida com influência de rock indie está a boa I'm Gonna Show You Crazy e o seu refrão inspiradíssimo. A faixa abre caminho para a próxima e sensacional canção: Pray. Com uma forte base inspirada no gospel utilizando um coral para dar mais dramaticidade para a canção, a produção acerta em todos os detalhes. Bebe mostra que não é apenas uma ótima compositora, mas tem um voz poderosa e de uma versatilidade incrível capaz de ir do mais poderoso para o mais terno sem perder a qualidade e ainda não ser engolida pela produção vocal. Refrão avassaladora em todos os sentidos, batida marcante e originalidade em sua produção fazem da a faixa o sucesso arrasa-quarteirão que deveria ser reconhecido pelo público. Quando se imagina que não há como ficar melhor ou mesmo manter o mesmo nível, o EP termina com a ótima I Can't Stop Drinking About You em que cantora mostra que é possível ainda fazer uma canção eletrônica comercial com alma e coração e não cair no famoso lugar comum. Com esse genial inicio, Bebe Rexha é a promessa de que uma grande estrela pode estar nascendo. O tempo dirá.
notas
I Don't Wanna Grow Up: 8
Sweet Beginnings: 7,5
I'm Gonna Show You Crazy: 7,5
Pray: 8,5
I Can't Stop Drinking About You: 8
Média Geral: 7,9

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