26 de julho de 2015

Primeira Impressão

JEKYLL + HYDE
Zac Brown Band


Quando um artista se arrisca ao se aventurar em um estilo diferente tudo pode acontecer desde um grande fiasco até um grande sucesso. Há, porém, uma terceira opção: o resultado pode ser um grande "nada", isto, ficar exatamente no meio do caminho entre o fiasco e o sucesso. Esse é caso do novo álbum da banda country Zac Brown Band o mediano JEKYLL + HYDE.

Com uma discografia até hoje bem acima da média, Zac Brown Band tenta em JEKYLL + HYDE expandir a sonoridade deles ao flertar pesadamente com vários outros gêneros distantes do country. Não é um pecado a tentativa, pois isso demostra uma vontade de ir além do lugar seguro que o grupo se fixou já algum tempo. Porém, o resultado final é estranhamente deslocado, pouco interessante e, principalmente, sem originalidade. A banda navega desde o rock pesado até o soul music, passando pelo soul music e o swing e chegando ao reggae e ao gospel. E bem lá no meio está o country. Essa mistureba imensa é interessante, mas não funciona em um cenário mais amplo em que a banda parece ter sido engolida pelas formas que tentaram emular, apesar da excepcional parte técnica com instrumentalizações perfeitas. Na verdade, essa característica é que ajuda JEKYLL + HYDE não ser um fiasco total. Além dos bons vocais de Zac Brown em todo o álbum. Entre as melhores faixas do álbum estão a heavy metal Heavy Is the Head ao lado de Chris Cornell do Soundgarden, a jazz/swing Mango Tree com a Sara Bareilles, a emocionante Bittersweet, a estilo reggae Castaway e, a melhor do álbum, o single Homegrown. Curiosamente, Homegrown é a mais "country" do álbum e isso dá uma boa dica para a banda: volte ao "normal" Zac Brown Band, pois essa aventura não deu certo. 

Nenhum comentário: