30 de maio de 2011

Primeira Impressão

Born This Way
Lady Gaga

Se você a odeia, pega toda essa ódio e multiplique por dez. Mesmo assim nada será capaz que se me impeça de afirmar "ops...ela fez de novo". Lady GaGa comprovou o seu poder midiático ao fazer o mundo inteiro prestar atenção ao lançamento de seu segundo álbum (já que The Fame Monster era um EP). E não só apenas devido ao fato de todo o circo que ela se envolve, mas pelo fato da comprovação de talento com artista. A ótima recepção de Born This Way embasa, que mesmo sendo tão pop como qualquer cantora pop da atualidade, GaGa guarda muito mais embaixo de suas fantasias e maquiagens. E para colocar ponto final na questão de poder junto ao público, Born This Way deve vender mais de 800 mil cópias na primeira semana.

Musicalmente falando, Born This Way não é a revolução que a GaGa prometeu. Muito longe disso. Tudo em Born This Way grita uma sonoridade trazida direta do final dos anos oitenta e meados dos anos noventa. E grita muito alto. Não é original. Não é perfeito. Não é revolucionário. Mesmo assim, Born This Way é o arrasa quarteirão mais poderoso dos últimos anos. GaGa usa suas influências para criar uma obra poderosa, dançante, divertida, dark e avassaladora. Em todas faixas vemos as suas duas mãos seja na composição e na produção. Mesmo sendo um álbum pop, vemos um lado intimista e autoral tão refrescante nos dias de hoje. Uma das melhores características são os vocais de GaGa. Vou repetir isso até os fins dos tempos: GaGa não tem uma voz sensacional, mas ela dá a cara a tapa e sabe o que faz. Aqui, muitas músicas parecem quase sem efeitos mostrando o potencial vocal de GaGa. Coisa rara na atualidade. Em certos momentos esquecemos as limitações e até dá para lembrar as grandes vozes do pop como Elton John e Annie Lennox. No quesito sonoridade, Born This Way é uma montanha russa andando a cento e cinquenta quilômetros por hora. Deixando menos espaço para o produtor RedOne, GaGa conseguiu uma mistura muito interessante. Há tantas influências, batidas, texturas, misturas costuradas que em certos momentos fica tudo meio descontrolado, mas no final algo consegue dar sentido. Talvez essa falta de coesão rítmica seja sua liga. Mesmo sendo uma excelente compositora, GaGa aqui tem o ponto fraco do álbum: a irregularidade das letras. Em certos momentos ela consegue com pouco dar uma verdade tão intensa que chega a ser tocável, em certos ela é fútil e oca como o pop deve ser, em outras é pedante, em outras é divertida e em outras é apenas fraca.

Outro ponto que quero destacar é que os melhores momentos do álbum parte das músicas mais pop rock. Aqui GaGa mostra seu verdadeiro potencial como "fazedora de música" em canções sensacionais. Nesse meio temos as duas melhores canções do álbum, Hair (resenha logo em seguida) e The Edge Of Glory. Nem tão boas, mas também sensacionais estão a música que abre o álbum com grande estilo Marry The Night e a balada com samples de We Will Rock You, Yoü And I. No estilo "música que só a GaGa pode fazer" estão a sombria e quase genial Blood Mary, a critica e ousada Americano e a safada Government Hooker. Na parte "dance sem pensar" estão os single Born This Way e Judas e a estranha, mas divertida Scheiße. Agora os destaques nem tão positivos. Primeiro, a canção Fashion Of His Love da versão deluxe. A canção até é boazinha, mas é uma versão de Express Ypourself (de novo) com refrão de I Wanna dance With Somebody (Who Loves Me). Em Highway Unicorn (Road To Love), GaGa se perde em uma letra metaforica e quase estraga a música. A pior música vai fica a cargo da histérica e chata Heavy Metal Lover. No final das contas, GaGa entregou um álbum memoravel e muito acima da média do atual pop. E ainda tiveram boatos que ela iria flopar. Se isso é flopar, porãnnnnnnn, o que é fazer sucesso então?

3 comentários:

lucas lopes disse...

gostei de sua resenha, ótima como sempre. Tb gostei do cd, apesar de não gostar de Gaga, vai lá no meu blog e comente minha visão sobre o assunto? inté. e não desapareça!
http://benditodrinkpop.blogspot.com/2011/05/saiu-born-this-way-e-o-que-eu-achei.html

The [CRITICO] disse...

Bloody Mary e Americano me surpreenderam, eu adorei, só não gostei tanto de Marry The Night....

The [CRITICO] disse...

Achei as musiquinhas da gaga uma grande porcaria, como as canções pop´s que rolam pelo mundo. A gaga é muita fantasiosa. As letras são horríveis então ela tem que caprichar nos clipes para passar despercebida.Hoje OS adolecentes estão houvindo qualquer porcaria que rola no rádio. Musicas que não acrecentam na a sua vida! Na verdade as radios não têm o que tocar, então tem que tocar porcaria, como GAGA. Você não gosta por que vc quer, e sim porque não tem outra coisa pra vc ouvir!Você acaba acostumando! As radis só tocam porcaria Americanas!Gaga é uma delas.