JADE
THAT'S SHOWBIZ BABY! THE ENCORE, versão deluxe do álbum de estreia da Jade, é um trabalho que, ao contrário de vários deluxes lançados todos os anos, resulta em um acréscimo genuíno ao material original, funcionando como uma peça companheira que, ao mesmo tempo, adiciona e complementa.
Com oito faixas, sendo sete inéditas e uma regravação, o deluxe consegue dialogar com o álbum original e adicionar novas nuances. É preciso apontar que, infelizmente, as novas canções não corrigem totalmente o que faltou em termos de ajustes na versão anterior, mas, sinceramente, manter o mesmo nível de qualidade em faixas que teoricamente seriam “sobras” já é algo bastante louvável. Não apenas a qualidade é mantida, como Jade entrega uma de suas melhores canções até aqui em Church.
Primeira entre as novas faixas, a canção é irresistível, épica, tocante, dançante e poderosa, misturando perfeitamente electropop, electro house, synthpop e garage em uma batida que consegue ser comercial e, ao mesmo tempo, apresentar quebras de expectativa que vêm marcando a sonoridade da Jade. Todavia, o grande mérito da faixa está em sua composição sensacional, que funciona como a celebração final dessa fase da carreira da artista e, também, como uma homenagem à comunidade queer, que compõe boa parte de seus fãs desde os tempos do Little Mix. Lindamente escrita, Church é daquelas canções que podem não alcançar grande sucesso comercial, mas que certamente se tornarão um marco na carreira da Jade.
Apesar de não haver outro momento à mesma altura, existem faixas que tornam este deluxe tão elogiável. Uma delas é a ótima regravação de Frozen, clássico de Madonna em Ray of Light. Regravar uma música icônica é extremamente complicado, mas esta versão acerta em cheio ao fazer referência direta ao original na mesma medida em que adiciona a personalidade da Jade. Dessa forma, Frozen se torna uma canção única, que faz total sentido dentro do contexto do álbum. Isso é algo que merece ser louvado, pois demonstra o quão competente é a produção ao recriar uma faixa como Frozen para que ela se encaixe perfeitamente na sonoridade da artista.
Outros momentos que merecem destaque são a eletricidade magnética de This Is What We Dance For, a carga europop da deliciosa Use Me e, por fim, o refrão viciante da dark pop/EDM If My Heart Was a House.
Assim, temos possivelmente o melhor fim de era de uma artista pop em seu álbum de estreia desde The Fame Monster, de Gaga. E isso é algo extremamente auspicioso para a Jade.
notas
Church: 8,4This Is What We Dance For: 8,1
Dreamcheater: 7,8
Best You Could: 7,8
Use Me: 8
Frozen: 8,3
If My Heart was a House: 8
Tar: 7,7
Média Geral: 8
Média Geral: 8

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