11 de agosto de 2013

O Retorno da Garota Californiana Que Tinha Sonhos Adolescentes

Roar
Katy Perry


Depois de extrair a última gota que pode do mega sucesso que foi a era Teenage Dream que teve uma contagem de incríveis oito singles lançados ao total sendo que seis deles ficaram no primeiro lugar da Billboard, sete indicações ao Grammy e mais de 6 milhões de cópias vendidas mundialmente, Katy Perry optou pela melhor estratégia: descansar a imagem. Mesmo com os burburinhos sobre seu romance "vai e vem" com o John Mayer, Katy manteve certa distância dos holofotes enquanto preparava seu terceiro álbum na "encolha". Poucas semanas atrás ela começou uma discreta, em minha opinião, campanha de lançamento com cartazes revelando o nome do álbum (Prism) e vídeos no YouTube mostrando ela queimando a peruca azul ou "enterrando" o Teenage Dream. Nesse meio tempo foi revelado que o primeiro single intitulado Roar seria lançado no dia 12 próximo. Só que como vocês podem saber (se não, aonde vocês estavam?) Roar vazou. E, finalmente, agora começa a critica de verdade.

Ainda é um pouco cedo dizer qual será a sonoridade que Katy vai seguir em Prism, mas pelo o que é mostrado em Roar deve ser uma mistura de pop chiclete usando no último CD com as influências de pop rock que se ouviu mais em One Of The Boys. Dito isso, vamos tirar o grande elefante no meio da sala: sim, Roar é muito parecida com a canção Brave da Sara Bareilles. Contudo, analisando bem como a canção construiu sua parte instrumental só posso concluir apenas uma coisa: Katy não copiou Sara, mas usou Brave como sample para fazer Roar. Se não for isso, querida Katy, você plagiou bonito! Supondo que foi sampleado, a produção de Dr. Luke e Max Martin deu uma suavizada na batida tirada de Brave a deixando mais suave e bem mais comercial. Mesmo não sendo uma produção original, Roar consegue obter um arranjo cativante sendo perfeito para esse comeback. Katy defende a canção com garra fazendo uma performance sóbria e contida bem diferente das performances mais adocicadas, divertidas ou "épicas" como na era Teenage Dream. A composição também segue nesse mesmo caminho: bem mais discreta falando sobre superação pessoal. Porém, Katy esbarra em velhos problemas como o teor meio bobo, rimas fracas e repetitivas e a falta de inspiração para ir além do "pop" rasteiro. Não que seja um primor, mas Roar acerta no refrão fácil que dá vontade de cantar e na sua premissa otimista. Roar tem tudo para ser mais outro sucesso na carreira de Katy. Só que no ano que outras cantoras pop resolveram fazer seu comeback, será esse o maior entre todos? O tempo dirá.
nota: 6,5

Um comentário:

christine blog disse...

Achei brave bem superior. Roar é mais do mesmo.