What the Hell
Avril Lavigne
É claro que você tem uma idéia do que é um zumbi. Seja vendo filmes, series de TV ou até mesmo clipes já retrataram esses monstros mortos vivos que andam em bando em busca de carne fresca para se alimentar. Andam de forma arrastada e apenas grunhem. Quem disse a vocês que essas criaturas são apenas frutos da imaginação de amantes do terror? Elas existem na vida real. Não como nós conhecemos cheios de pus e em decomposição. Os zumbis da vida real estão a nossa volta. E as vezes vivem dentro da gente mesmo. Como o lendário diretor George A. Romero (o criado da imagem atual do zumbis) fez no cult Despertar dos Mortos de 1978, continuação do clássico Noite dos Mortos Vivos, quando mostrou uma horda de zumbis caminhando em um shopping pelo reflexo de uma vitrine representando a "zumbificação" da sociedade em um consumismo desenfreado e irracional da sociedade. E no mundo da música é igualzinho.
A última "zumbificação" do cenário musical é "eletropopzação". Sim, lá vau eu falar de novo da febre do eletropop. Vire e mexe aqui estou eu falando e repetindo isso a exaustão. Fazer o que se como uma mordida de zumbi o vírus do eletropop vem se espalhando numa velocidade alarmante. E aqui está eu novamente discutindo isso. Depois da Britney Spears, é hora de falarmos da Avril Lavigne que vai entrar na já concorrida temporada do começo do ano. Depois de um hiato de quase quatro anos desde que lançou o álbum The Best Damn Thing em 2007, ela está preparando seu quarto CD para ser lançado no dia 2 de Março. Intitulado Goodbye Lullaby, o álbum promete continuar com a sonoridade construída no álbum anterior. Algo mais pop chiclete, menos pop punk como ela fazia no começo da carreira mesmo ela dizendo o contrário. Se por um lado ela não pode ser julgada por seguir a modinha apenas por seguir pois em The Best Damn Thing ainda não tinha começado a febre, ela perde pontos por conseguir chegar a um nível de farofa tão ordinário com está impresso no single inicial de Goodbye Lullaby.
What the Hell é um pop rock com eletropop que mais parece um b-side de The Best Damn Thing. Tem alguns momentos bons, mas parece tão de segunda mão que perde qualquer qualidade que a poderia fazer se destacar realmente. Produzida por Max Martin e Shellback, que são conhecidos mais pelos trabalhos ao lado da P!nk, What the Hell padece de uma produção mais elaborada e requintada. O arranjo é comum demais e em certos momentos chega a ser fraco e de pouca inspiração. Letra mais ou menos. Tem um começo de refrão muito bom, mas perde força na segunda parte. Pelo menos não é vergonhosa. Já com seus 26 anos seria hora da Avril começar a deixar suas letras mais maduras mesmo nos pop chicletes da vida. Vocalmente, Avril transita do histérico ao ok (lembrando em algumas vezes a Natasha Bedingfield). Em certos momentos a voz de Avril está tão aguda que machuca os ouvidos. Pelo menos ela não grita desesperadamente pois seria o fim de What the Hell definitivamente. É decepcionante, mas não chega a pôr em risco a carreira dela, por enquanto. Mas em um começo de temporada tão forte, qualquer vacilo pode ser o inicio de um grande flop. A pancada final na cabeça do zumbi.
nota:6
2 comentários:
Eu esperava uma Avril mais madura e desvinculada do "The best damn thing".Mas não foi isso que aconteceu...
É, mas pra gravadora poder lançar o Goodbye Lullaby a Avril teria que lançar WTH como lead single (e ela já havia falado que WTH lembrava seu trabalho anterior). Esperando o álbum pra tirar maiores conclusões sobre esse tal "amadurecimento".
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