11 de setembro de 2014

Primeira Impressão

Whispers
Passenger


Alguns álbuns são bons por um simples motivo: eles são "simpáticos". Depois de emplacar mundialmente a canção Let Her Go, o inglês Passenger, nome artístico de Michael David Rosenberg, lançou o seu mais novo álbum intitulado Whispers que, mesmo não sendo uma obra prima, é um trabalho tão cativante que fica difícil não se encantar.

A sonoridade do cantor/compositor é, basicamente, indie pop/folk certinho e sem muitas novidades, mas que devido a boa produção dada para o trabalho. As doze faixas fluem deliciosamente em Whispers alternando arranjos mais "animadinhos" com outros mais "calminhos" sem perder o rumo em nenhum momento. Nada muito acachapante já que as canções são trabalhos redondos e bem feitinhos, mas que funcionam excepcionalmente bem por causa dessas qualidades. Com a sua voz rouca e delicadamente estranha, Passenger entrega momentos sensacionais demonstrando como deve ser a atuação de cantor/contador de história em que mais vale passar a emoção do que mostrar firulas vocais. Mesmo com certo conservadorismo em suas composições não há como negar que, de uma maneira geral, as canções em Whispers cumprem com louvor o seu propósito em mostrar a capacidade do cantor de contar histórias e emocionar com a simplicidade das mesmas. Os melhores momentos do álbum ficam por conta da sensacional Whispers, a história sobre um homem que deseja viajar pelos Estados Unidos para ver pela última vez antes de morrer seus netos em Riding To New York, a linda e melancólica Golden Leaves, a ótima Bullets e, por fim, 27 que traz um lado mais critico do cantor se questionando sobre o peso da fama. No final, mesmo sem mudar a sua vida, Whispers vai deixar aquela sensação boa que a gente tem depois de conhecer alguém realmente simpática.

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