27 de novembro de 2017

Primeira Impressão

Red Pill Blues
Maroon 5


O Maroon 5 demonstra que caiu exatamente na mesma armadilha que o Coldplay ao estarem presos dentro dos mesmos maneirismos que os ajudaram a fazerem sucesso. Todavia, ao contrário da banda do Cris Martin, a banda liderada por Adam Levine ainda consegue divertir o seu público com o mediano Red Pill Blues.

Mantendo a mesma estética que a banda vem entregando alguns anos, Red Pill Blues é um trabalho pop/pop rock com influências diversas, apelo extremamente comercial e pouco criatividade verdadeira. A banda achou a mina de ouro ao estabelecer a sua sonoridade em um nicho que, ao mesmo tempo, possui a personalidade deles e é perfeita para vender milhares de cópias. Isso não é demérito, mas essa fórmula está começando a cansar o público e, principalmente, a imagem da banda. O Maroon 5 parece que está fazendo o mesmo álbum todas as vezes desde Overexposed de 2012, apagando a memória daquela promissora banda que surgiu lá em 2002 com canções como This LoveWake Up Call. Outro problema aqui é o fato do álbum conter poucas faixas que soam como possíveis hits, apesar da vontade de fazer várias terem essa qualidade com a parceria de nomes como Lunchmoney Lewis (a mediana Who I Am), A$AP Rocky (a legalzinha Whiskey), Julia Michaels (na decepcionante Help Me Out) e SZA (o dispensável What Lovers Do). Com composições que não passam de medianos ou bons momentos de como fazer uma canção pop, o grande destaque do álbum é o vocalista Adam Levine. Bem menos afetado que em outros álbuns, o cantor entrega performances sólidas e, algumas vezes, bem acima da média como é o caso da sensual Lips On You. sabendo utilizar as suas qualidades com de uma forma contida e bem elaborada como é o caso do famoso falsete. Por falar em Lips On You, a canção é um bom exemplo de quando o Maroon 5 acerta os pontos ainda é capaz de entregar momentos realmente inspirados. Além desse, Red Pill Blues ainda conta com as faixas Best 4 U, Bet My HeartDenim JacketVisions. O que ainda salva a banda é o fato da qualidade técnica ainda ser impecável, o carisma de Adam Levine e o fato da banda parecer nunca querer soar mais que a banda que é nesse momento. Todavia, tudo isso um dia cansa e aí a banda pode realmente se tornar um novo Coldplay.


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